LUZ DE LAMPARINA

Baila leve, linda e solta,

qual pluma de algodão,

os sonhos livres da bailarina.

Sob a luz da lamparina,

dança...

Dança, dança e dança...

Dança tanto, qual uma louca,

pelas ruas da solidão.

Tão distraída e tão perdida,

que os que a assiste,

já não mais sabem,

se, dança por diversão,

ou se ilude por distração,

na tentativa de ganhar o pão.

Seu bailado é livre,

como livre, sopra lhe o vento,

levando consigo seus encantos,

de menina bailarina,

que baila a luz da lamparina,

pelas ruas abandonadas,

que lhe arrancam a timidez,

dando lhe a nudez,

de uma alma frágil e gélida,

sem amor e sem ilusão.

Nova Serrana (MG), 02 de outubro de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 03/04/2018
Código do texto: T6298328
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