Lastimas no Silêncio
Tento perceber o que houve com o coração
Mas um dilema distorcido, sobrepõe-se a razão
Envolto em escuridão
Escondido em meio as trevas
Que deturpam a visão, que eu tinha de quem eu era
Feito uma hera venenosa, tóxica por si só
Me foi plantada a melodia
De um jeito tão contrafeito
Penetrou-se em meu peito reabrindo a ferida
Maculando a cicatriz, que por mim fora mantida
Que escondia os meus lamentos
Da minha alma maculada
Amarga da rejeição
Com a lembrança que é negada
De algo incompreendido
Deixando a mente fraca
Me tornei um ser perdido
Longe de quem mais amava
Lastimas no silêncio, na escuridão sem fim
Desejava o esquecimento
De que um dia fora assim
Covarde, fraco
Sem forças pra lutar
Um ideal que não servia
E não levava a nenhum lugar
A vida toda eu só fiz
O que se esperava de mim
Vivi minha vida pelos outros
Sem desejar ser assim
Sonhos e expectativas eram postos sobre mim
E esqueciam-se apenas
De então pensar em mim
Não tive tempo pra gostar, não tive tempo pra brincar
Não tive tempo pra ter tempo pra agora eu não chorar
Era tirada a liberdade, julgada minha inocência
Negada a realidade, e vivia só de aparência