Lastimas no Silêncio

Tento perceber o que houve com o coração

Mas um dilema distorcido, sobrepõe-se a razão

Envolto em escuridão

Escondido em meio as trevas

Que deturpam a visão, que eu tinha de quem eu era

Feito uma hera venenosa, tóxica por si só

Me foi plantada a melodia

De um jeito tão contrafeito

Penetrou-se em meu peito reabrindo a ferida

Maculando a cicatriz, que por mim fora mantida

Que escondia os meus lamentos

Da minha alma maculada

Amarga da rejeição

Com a lembrança que é negada

De algo incompreendido

Deixando a mente fraca

Me tornei um ser perdido

Longe de quem mais amava

Lastimas no silêncio, na escuridão sem fim

Desejava o esquecimento

De que um dia fora assim

Covarde, fraco

Sem forças pra lutar

Um ideal que não servia

E não levava a nenhum lugar

A vida toda eu só fiz

O que se esperava de mim

Vivi minha vida pelos outros

Sem desejar ser assim

Sonhos e expectativas eram postos sobre mim

E esqueciam-se apenas

De então pensar em mim

Não tive tempo pra gostar, não tive tempo pra brincar

Não tive tempo pra ter tempo pra agora eu não chorar

Era tirada a liberdade, julgada minha inocência

Negada a realidade, e vivia só de aparência

Teodor
Enviado por Teodor em 03/04/2018
Código do texto: T6298244
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