Revolução

Eu quero que o meu grito salte da garganta

Da maneira mais violenta

Quero falar de tal forma que todos possam

compreender a minha poesia

Não arriscarei refinar as palavras

Que me gritaram um dia

Esbravejaram revolução que eu não entendia

E me sufocaram com o punho violento

de um vocabulário que eu desconhecia

Me pergunto:

Onde está essa revolução

a qual não participo?

Se entro na marcha logo me alertam:

Só faz revolução quem é televisivo!

Revolução dos sofás de apartamento

Pensadores que pensam no conforto,luxo e hipocrisia

Levantam bandeiras a todo tempo

São poetas

sem poesia

Quero que todos possam escutar com clareza

Que a revolução não está presa

Em salas fechadas como gaiolas

Quero que saibam que a navalha antes usada

Para cortar as asas do pensamento

Será usada para fazer revolução

Cortar-se-ão as amarras da prepotência

E a artéria do medo se romperá.

Carolina Duvir
Enviado por Carolina Duvir em 02/04/2018
Reeditado em 02/04/2018
Código do texto: T6298038
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