Dragões com cafés de Komodo
Café da Indonésia com gengibre.
Em Flores eu queria talhar-me
negro atravessado na Ásia.
Rumar no preparo portátil de um
singelo inquieto café.
Nas sacas a história enrijecida,
embora, moços afugentam-se pelos
comentários. Adocicado ou pimenteira
negra, jaz atraente grão cereja,
um regalo amoroso.
Anelante trago-te em moagem de
amantes venéreos sem exato toque
do mais prosaico tátil. Lábios entrelaçados
em Komodo camuflados de dulcíssimo e
terroso plantio numa xícara anoitecida
e áurea.
Grãos e grãos de ébano em líquido que
acenam, embora por ora sacio-me de ti.
Negror vindo na noite apresentada veloz
fúlgida de uma ilha na Indonésia até
minha boca a pronunciar-te: café.