Até ontem
Ontem eu tinha
Duas promessas
Ser eu
Ser teu
Promessas minhas
Só minhas
Promessas sozinhas
Solitárias promessas
Controversas com a solidão
Amando sozinho
A caminho do abismo
Morrendo em mansidão
Ingrato a mim mesmo
Sem nenhum segredo
Expus minha alma em vão
Esta antes serena
Tão calma
Generosa
Amena
Diante de tamanha insensatez
Saltou
Voou em minha direção
Longo embate
Debatendo-me em vão
Pobre carne
Encarnada de vaidades
Não quis ouvir a verdade
Que sua alma dizia em vão
A vida não é sua
Os sofrimentos não são seus
É sua a podre carne
Que perecerá em vão
Vivendo e morrendo
Sem motivo ou razão
É minha a eternidade
A doce liberdade
Também é minha a vontade
Porquanto alma
Também sou vida
Sou luz em sua escuridão
Se resistes a verdade
Amor é mais que saudade
Sentimento que não se vive vão
Volto-me a ti novamente
Neste epílogo deprimente
Posto que a nova vida tem pressa
Acredito
Renasceu
Aprendeu a lição.