NOITE BRANCA
Na janela do horizonte,
Olhava o tapete estrelado
E sonhava com o amor...
De branco a noite se vestia,
E nas alturas a lua se mostrava pura.
Ao ver os enamorados andando pela rua,
De sua roupagem prateada se despia...
O clarão daquela noite iluminada
Formou uma cortina transparente
Para cobrir os amores atrevidos e indecentes...
A lua despiu-se por inteiro.
E com seu manto puro e imaculado
Cobriu os amores, discretos e verdadeiros...
Juras eternas foram feitas,
E promessas não foram cumpridas.
As montanhas e os vales estavam calmos,
Florestas e flores adormecidas.
Cândida e imaculada em sua pureza de magia,
Lá nas alturas a lua mostrava-se nua.
Até o profano, naquela noite branca, fez-se sagrado.
Coisa que não foi escrito nem nas profecias...
Do livro (Janela do Tempo
Autora Inês Carmelita Lohn