PARENTE DA LUA
PARENTE DA LUA
A lua aparente,
Aparenta se tua parente tão próxima
Que dar pra sentir o cheiro dela e o teu
À noite, no frescor da brisa noturna.
Espelha teu sorriso soturno e silencioso.
Lembro-me de minhas noites na vila da minha infância
Onde as estrelas eram mais brilhantes,
Vaga-luminosas dentro de cada um dos olhos
Que sorriam a noite sem que o sono
Estivesse se embalando em nossas pálpebras.
Mas a lua, parente?!
Ilumina-nos no apogeu do dia.
Eu sou o sono da minha tua lembrança
Que é parente da lua.
Tu és a sombra sonora
Que nos reflorestei-a o peito devastado
Pelas deslembranças de nossos escritos,
Aparentemente, desperfeitos e mudos.
E assim és, como tua parente, a lua,
Límpida e formosa
No firmamento purpura
Do espelho da noite.
Augusto Poeta.
Marituba, 10/04/14.
Dedicado a minha parente Gabriela Padilha.