PARENTE DA LUA

PARENTE DA LUA

A lua aparente,

Aparenta se tua parente tão próxima

Que dar pra sentir o cheiro dela e o teu

À noite, no frescor da brisa noturna.

Espelha teu sorriso soturno e silencioso.

Lembro-me de minhas noites na vila da minha infância

Onde as estrelas eram mais brilhantes,

Vaga-luminosas dentro de cada um dos olhos

Que sorriam a noite sem que o sono

Estivesse se embalando em nossas pálpebras.

Mas a lua, parente?!

Ilumina-nos no apogeu do dia.

Eu sou o sono da minha tua lembrança

Que é parente da lua.

Tu és a sombra sonora

Que nos reflorestei-a o peito devastado

Pelas deslembranças de nossos escritos,

Aparentemente, desperfeitos e mudos.

E assim és, como tua parente, a lua,

Límpida e formosa

No firmamento purpura

Do espelho da noite.

Augusto Poeta.

Marituba, 10/04/14.

Dedicado a minha parente Gabriela Padilha.

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 30/03/2018
Reeditado em 30/03/2018
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