Crença
Ia lhe deixando pelo caminho em que ia,
quando lembrei daquele verso profundíssimo.
Que disse-me: Descansar somente iria
quem habitas no esconderijo do altíssimo.
Verso que li de joelhos no chão,
antes do romper da aurora fria...
Sentindo por dentro á alma este pobre cão
que vagueias à noite, mas que anseias o dia.
Sofrer em silêncio nas trilhas, que iam os lamentos
e as juras,
unidos nas catedrais do clamor...
Que lhe enviavas a ti nas alturas
meu ser imperfeito e pecador.