ESCUTA
(Sócrates Di Lima)
Debruça-te o peito,
no para-peito da tua janela outra vez,
presta atenção o jeito,
Que a brisa roça tua tez,
Sinta o carinho das mão dela,
A fragrância que ela expele,
Entra pela tua janela,
E gruda na tua pele.
Escuta com atenção,
Há um sonido vagando no ar,
um cântico, uma doce canção,
Pássaros que querem se amar.
Vem, senta aqui...
Escuta o bater de asas de borboletas,
Num lugar tão belo, logo ali,
Onde há tantas fragrâncias de violetas.
Vem, sussurra aqui nos meus ouvidos,
O sentimento que te assedia,
Tantos anseios tão queridos,
Nos versos tantos da poesia.
Uma realidade,
Uma fantasia,
Um grito de amor e liberdade,
que vindo de ti, me alicia.
Escuta, talvez você nem exista,
São versos doces que eu criei,
Como a tanto não se via,
Mas, hoje eu os inventei.
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