Sáfico pé no chão

Lídia, és pipiar do acauã,

Grito de morte, mau agouro soberbo,

O sol escalda o solo sempre ermo,

Desgraça vã.

Se Catulo cantasse o gavião

Do sertão, a águia dos imperadores,

Desmembrar-lhe-ia o jagunço no facão,

Após seu pardal.

Tez seca mais sulcada que o leito de

Ribeirão morto, como eu já seco.

Meu companheiro padeceu lá no beco

Fome levou.

Mulheres rezadeiras de seios murchos

Ninam, em colo belicoso, cabras-machos.

De alma cansada, canta à cantiga

De mau feitor.

A ave de rapina espraiou faceira,

Ao povo de cá, doença matadeira.

Seu Zé devoto de São Francisco é

Ama Canindé

Boi morto na beira do riacho má

Notícia é, suçuarana de fome

Afia as garras e cobiça a alma

De Jão sem nome.

A teta da negra secou, sinhozinho

Ordenou, por pirraça, pôr seu negrinho

Em pelourinho, chicote o estala,

A sede para.