Gerúndio, e agora? e outros ''foras''..

Gerúndio, e agora?

O que eu estou fazendo?

Pensando

Respirando

Me mantendo ereto

Eu estou sentindo, olhando, cheirando, tocando

Eu estou vivendo perto

O ciclo espiral da vida e da morte

A melancolia:

Em/frente/ao espelho

É/a/própria morte

Não é um pesadelo, exatamente

Se tem força

Simula, antecipa o último medo

Encara com os dentes,

Vive nele

O momento em que a vida

Fecha o seu ciclo,

Cai todo seu peso

É o suicídio

Em uma espiral descendente,

Encontra/com a morte

Um beijo, um precipício

Abre/aquela porta, pra sempre

A luz [nos] devora

Não há volta

Ignorância ciclo

Melancolia espiral

Espinhos, pedras e rosas,

os pés descendo os degraus

O sol da infância, cada vez mais distante

Os pântanos da morte, onde afunda a história

do/pobre/mortal

Nasce um fato

dono de tudo o que é seu

O macaco o levanta

Com/os/seus braços ao sol

Chama o leão de filho

Lhe diz o que prometeu

Mas é apenas um espaço,

uma luz de breu

um peixe de anzol

Então a escada escurece

No mesmo instante que o ritual

Nossos olhos em preces..

vêem de longe

um caminho sem final

Como um ciclo

Passamos diversas vezes perto da morte

Como um apocalipse de asteroide

Quem não nasceu protegido

Sorri pra sorte

É o melancólico

Jovem

E velho rio

A/riqueza

dos seus sonhos

A tristeza

do seu canto

bonito

O falso círculo

Nos ilude com sua repetição

Esquecemos do veneno

E continuamos,se subindo ou descendo

Acreditando/na/ilusão

Cada vela, uma data,

Apagando mais um degrau,

Vendo uma luz no fim do túnel

Se é esperança ou imortal

Se é uma ilusão que inunda.. até o mais soturno animal

A nossa prisão de luas,

manhãs

peles nuas

e aquele sentimento

A morte é o/caminho contrário

Que um dia encontra a vida

E/com uma navalha

Reduz sua batalha

em nada

Sua alegria

em despedida