Meu Eu
Meus anseios são alaridos inaudíveis.
Dialogo com eles e só eu os ouço e os entendo.
Entendo meus anseios
E venço meus medos
E supero a mim mesma(o)
Dentro do meu Eu.
Este Eu interior e silente
Aplaca toda a inquietude da Alma
Atenção às vozes menos estridentes
para vazar o áudio da velha calma.
Existe um Eu exterior, que às vezes grita
Num apelo carnal tão excêntrico
Não quero, não posso, não devo contar,
A dor que carrego no peito, só me faz recordar
Viver o sentimento que aguça meu momento
E vivê-lo com intensidade, o tempo não se delonga
E o instante é volátil feito as paixões
Na ânsia que não se explica, refletida no amor e na ilusão.
A vida é uma espécie de película
Que, mesmo fora do cinema, continua
E a cortina da vida sempre está aberta
E o espetáculo nunca se encerra
São atos, cenas com grande repercussão,
história contadas com grande emoção.