NEBLINA

NEBLINA

Nuvens neblinam o azul

Que escorre por réstias

Mudando o tom de cores

Que habitam a natureza

Enquanto isso

O papel amarelecido

Aguarda o negro das letras

Em tardia e inópia poesia

Aos poucos surgindo na massa cinza

Irrigada de vermelho

Que se espalha dos pés à cabeça

Movido por coração em desalinho

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 27/03/2018
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