Eu já conversei com a escuridão e outra confissão
Eu já conversei com a escuridão
Olhando para o céu na noite aberta
Me abri em reflexão e pedidos
Fitei nuvens, estrelas e o espaço sideral
Conversei em pensamento
Um pouco perdido
Buscando por vida fora daqui
Aflito, rezando, sentimental,
Mediante o tamanho do meu desespero
E da estupidez humana
Pensei, imaginei,
se, de repente, seres angelicais, super evoluídos
Chegassem em suas naves fantásticas
E nos salvassem da própria destruição
Que se tornassem os nossos melhores amigos
Juro que busquei por qualquer sinal
E tive como resposta o seu imenso silêncio
Os grilos responderam.. ao menos
Quando aconteceu o meu big bang
A minha dualidade
Deu às caras ao mundo
Em um dia que eu vi, chorei, respirei
profundo
Pela primeira vez
O dia mais importante da minha vida
Que eu nunca/me lembrei
Sei que foi de manhã
Na hora do café pra quem acorda às 8:00
Que foi no mês de agosto
No inverno do sul
Menos frio que o verão dos pólos
Nasci num final de década
com nome, sobrenome e pecados,
Mais um pontinho brilhante
que some na imensidão do horizonte, da escuridão do espaço,
Um espaçozinho delirante, figurante na cena, deitado na grama, fitando a noite,
Sentindo pena de si mesmo, de tudo