PRENÚNCIO
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O tempo premedita outro tempo,
fragmentos de um mesmo espaço – presente,
passado ou futuro em intervalos
paralisados no próprio tempo...
Não há vento,
nem uma brisa sequer,
apenas um calor
que sopra forte levando-me
quase todas as folhas...
E restam poucas agora,
os galhos estão quase desnudos.
O tempo premedita outro tempo,
estações vão, estações vêm,
como as andorinhas vão e voltam...
Ainda me resta um prenúncio de neve,
ainda me espera uma brisa fresca,
ainda me aguarda o doce e saudoso
frio do inverno que (me) fará (re)nascer
(em) novas e verdes folhas...
Rio, 19.03.2018
A.F.