Passou o poeta
Atravessou a rua
Coçou os olhos
Amar-amaro com pitadas
tediosas de Itabira
Selfie com o desconsolo
Não é de bom-tom ser
feliz
É opróbrio, tem que ter coragem
nos dentes
Turbas modernas
Dor no gramofone
Só não deixe
Não me deixe
morrer sem um dia
ter descansado meus braços
na nudez fria de uma
manhã chuvosa de inverno
apertando as crateras
sedentas engendradas pelos
passos do poeta