O QUE PROCURO?

O que será eu procuro,
sempre olhando atrás do muro
sem nunca achar? Não sei, não.

Não sei nada, ando errada.
Se eu vou pela direita
de repente me dou conta
que o caminho se estreita:
volto, então, na contramão.

Cansaço de mim e de tudo,
da claridade, do escuro...
do mundo que vive a rodar.

Não mais olho atrás do muro.
O que é meu está guardado
lá, aqui, do outro lado,
mas se é meu, pra mim virá.