Na cadeia da madrugada
Refém da madrugada
Que me perpétua
Sons do silêncio tintinam
Entoam músicas melancólicas
Na sala de estar a sombra emudece
As paredes gélidas
O taco de madeira mal cheiroso
A poeira joga-se ao ar
Uma neblina densa
Um olor de passado
Preso em um cômodo frio
Onde o que não era mais, voltara
E lá fora sob a luz da candeia
Um vulto
Uma triste razão observava tudo aquilo...