ALMA
Se me olhares num canto escuro
Não me tenhas por tristeza
Meu semblante carrancudo:
Pois que estou enferma!
Se me olhares chorosa por tudo
Não me tenhas por azeda
Minha lágrima, meu luto,
É por ainda estar enferma!
Entretanto quando escuto
Aquela Voz cantar inteira
Canção de amor augusto
Eis que me ergo, suprema
Acima dos pesares robustos
Que me gritam: - Alma, desapareça!