Enfermo faceiro

A saudade de ser é folha faceira

que se vai

Pedra noturna, rocha amiga do primeiro

povoado enamorado da humanidade.

Amarrada nos pés sem casa, dentro

de um lar escrito nessas montanhas.

Borbulham borboletas que desenham

o abraço tórrido silenciado à

espera do futuro que ri debochado

em minha cabeça.

Deito a amizade no peito.

Amiga, nesse hospital, por essas ruas,

para os enfermos de poesia não

há leito.

André SS
Enviado por André SS em 21/03/2018
Código do texto: T6286887
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