Madrugada...

Esta tristeza que desperta ainda cedo...

A felicidade deve estar aborrecida...

Com mais um dia que começa...

Ontem um dia que termina...

O amanhã quer acordar, mas não passa de hoje...

E este vento que ao lado descansa...

Num abraço que embala...

Neste frescor da madrugada, a lua apagada...

As estrelas nubladas...

As luzes e suas sombras nos telhados e postes...

Ruas vazias de vida...

Matérias se movem conforme a criação do novo...

O asfalto brilha numa opaca visão e seu acetinado...

Terras agrupadas e moldadas no concreto e seus abstratos inundam sorrisos de dor...

E nem percebem...

Aquela alma que cresce natureza e morre uma mesa...

Alma que floresce e seus frutos embelezam vasos rasos, pensamentos tristes...

Consciências mortas e renascidas...

Um portão late. Um quintal mia...

E reconstrói um silencio demagogo...

Que sempre quer gritar e não possui cordas vocais...

E se sufoca se contorce e apenas gesticula através de uma alma plena em um monologo de pensamento consigo mesmo...

Há um rastro ainda fraco neste lado do céu que contorna o espaço índigo blue...

Assim o amanhã desperta hoje, neste presente que o passado trouxe nesta madrugada fria...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 21/03/2018
Código do texto: T6286131
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