COPACABANA
COPACABANA
Um Rio
De águas salgadas
Banha o mar de Copacabana
Sem olhar o lago
De sangue ao lado
Que escorre e desagua
Em rostos rotos
Olhos esbugalhados
Línguas ferinas feridas
Em praia vermelha
Fruto da centelha
Que incendeia
Corpos e almas
Prostradas ao chão
Mortas sem compaixão
Entregam-se inertes
A causas que fogem a razão
Quem sabe onde irá parar
Cada alma
Cada pedacinho de pó
Talvez em alguma narina corroída
Mantenedora da ferida
Que nunca fecha e putrefata
Morre e mata
E pouco importa
A droga da vida