Desesperar-me-ia
Desesperar-me-ia não ter-te perto, não ter-te dentro, pois ter-me-ia por completo a devanear em vazio sentir e ser...
Puseras-te com tamanha força que afugentara-me à iniquidade indulgente e dissimulada de meus atos mais basais.
Perturbado ser esse, aprisionado pela idéia falha e mesquinha de possuir-te de tal forma e imprudência que nada mais teria importância.
Mesmo que, ter-te longe, ter-te fora, apenas deslumbra-se a única forma de existência possível, valeria cada átomo pulsante no universo.
Pois não ter-te de forma alguma, seria não ter a mim mesmo, nem em sentir nem em ser.
23/04/2015