Ossos
Vistes a água benta
Não me deves mais o vinho.
O sangue escapa em gota lenta
Rasga o véu em linho.
A sete palmos será a cova
Terra adubada para a semente.
Deita em pétala de rosa
Um corpo, coração e mente.
A água purifica a alma
Lava o sangue com vinho e festa.
Rosas num perfume que acalma
Ossos é tudo o que resta.