Contemplação, Liberdade e Arte
Infinito olhar mirava o tempo
Escolha incerta agigantada na espera
Cores negras refletiam sua imagem
Felicidade temida, esquecida, subtraída
Profundo silêncio se fez naquele instante
Olhares cruzados, vidas entrelaçadas
Alçadas estavam com ânimo com cautela
Flexíveis, instáveis feito sino bailavam
Estátuas encantadas como arte vidravam
Fugaz fascínio desfazia a tela
Sondava o brio do inverno apressado
Pintada seguia aversa a fera
Se quente se frio, tinha um castelo
Muralha alta de um coração cerrado
Arquitetado, belo, desfeito com esmero
Virtude dos tolos, infâmia dos sérios
Leveza obrigada é paz apartada
Na guerra, na selva liberdade quimera
Tirania convém ao próprio destino
Se muitos, se tantos emancipação é o hino