PACIFICADOR
No meio da vida,
praça de atropelos,
o poeta encontra,
versos e temperos,
para o seu poema...
Livre, leve, solto,
integrado ao meio,
colhe o seu centeio,
semeia o seu verbo...
Não dorme à desdita...
Nem se faz de morto...
Questões que replica,
justifica o horto...
Flor, estrela, lua,
céus do improviso,
dão sabor à crua,
face do impreciso...
Depois dessedenta,
no arroio inocente,
da paz que ele inventa,
o mundo descrente.