Pausa

Pausar os olhos,

sentir o calor do aconchego no pensar

brisa leve em dueto com o mar,

nas mãos toda a energia

e um sorriso do próprio coração

a dançar o mesmo ritmo calmo

com batidas de veludo,

na voz o silêncio instalado;

instantes de ternura do ser.

Pausar os olhos,

meditar a paisagem de dentro

apagar qualquer inverso,

sentir nas palavras da pele

os versos mais brandos,

envolver-se num manto de paz

cochilar os sentidos

sonhar com qualquer abrigo;

adormecer de si em si...

...e despertar entre poemas.