Uma Nascente Hoje
Uma nascente hoje...
Na última camada de suas profundezas...
Umedeceu seu colo e escorreu...
Se esfriando pelo seu caminho...
E quanto mais pressão na sua súbita subida...
O volume em rio destilou...
Toda a comporta em sua mina profunda...
Água licorosa, um rio doce levemente salgado...
Molhou linha entrelaçadas pelo trajeto...
E uma única gota caiu na terra...
E a terra sugou-a com sede...
E seus minerais saciou a secura da terra...
Os minerais plantou sua essência...
E aquela nascente sentiu-se livre...
E desapareceu em seus sonhos...
Perdido em seus dias, sentiu-se ar...
Viveu em raios, consumiu-se bondades...
Dentro da inexistência...
E fora do tempo...
Decidiu voltar...
Aterrissou
Encubado na terra germinou...
E num novo amor...
Renasceu...
E seu coração floriu,
Com as águas do grande rio...
Nos campos da alma...