DESCOBERTA
 
Entre as sombras das horas,
que passam, perpassam
com leveza, com graça,
eu vislumbro algo mais,
escondido lá atrás
dos olhares profanos,
ou será que me engano?
Nada sei, meu rapaz,
pobre sou, nada mais.
Vou de braços abertos
percorrer o deserto,
onde a areia é mudança,
uma espécie de dança,
que cativa e fascina,
minha alma menina.
E, então, de repente,
assim bem simplesmente,
foi que eu descobri,
e os olhos abri.
Tudo que eu sentia,
e em mim não cabia,
era coisa pequena,
voo de uma falena.
Para minha alegria
... era só poesia.