Insólito.. entre o romântico, o melancólico e o sábio
Eu tento ser os três,
Eu caio de quatro,
Com um romântico ímpeto,
A vida é sempre por encanto,
No meu íntimo
Canto do olhar na janela,
Por enquanto.. por um fio,
O céu sempre me alegra,
Onde os sonhos têm cores,
Mas eu também sinto as dores,
Por saber, por viver demais,
Quem olha nem pensa,
Que o pacato rapaz
É um oceano transbordando,
Que vive um dilema,
Um meio poeta, um inteiro chato,
De joelhos, penitente,
Melancólico, ousado,
Boa parte dos meus botes é imaginado,
Se sou cobra criada ou barco afundado,
Talvez os dois,
Mas a preguiça me incita,
De desistir das brigas,
Por isso às montanhas cheguei,
Trouxe a noite ao dia, com o meu olhar triste,
Se sou santa trindade ou purpurina,
Ou mais um covarde, que apenas resiste,
Meio sem casa, meio família,
Não sei se sou meio ou a soma dos terços,
Eu sei que sou essas dúvidas,
Esse circo de pulgas,
O controle, eu sei que não temos,
Eu tento insólito,
Ser os três reis magros,
Melancólico, romântico, sábio...