O PONTO DE PARTIDA SERÁ SEMPRE O DE CHEGADA!

Assobio mansamente tentando expelir o silêncio. O rosto não anuncia alegrias mas retrata um semblante combalido, misturando-se à solidão da boca que balbucia o seu nome.

O som termina no seu limiar – natimorto – e não produz a fala, assovelando o coração que suplica o seu regresso... Verdadeiramente roga o retorno de quem nunca fora embora... Sombrio fato.

Assovio tentando iludir os olhos embaçados pelo suspiro da

dor – lágrima – e o som, dilacerando a garganta, emudece-me inteiramente ao ver que da fantasia criada num suposto amor termino com enferma solidão, motivada pela sua saudade e com o coração vertendo-se em lamentos... Talvez tudo isso padeça e finde, como todas as outras vezes... o ponto de partida será sempre o de chegada.

©Balsa Melo

19.08.04

Brasília - DF

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 28/08/2007
Código do texto: T627680
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