CRAVA ADAGA NO MEU CORAÇÃO!

Crava adaga afiada no meu peito e abrasa o meu coração...

insiste em ir afora e culpa-me sem contradita sobre tudo que deixara de fazer e que fizera, mas, em face da sua insensatez, não fora capaz de perceber e de sentir.

Sortilégio insano se assemelhando ao contexto da eqüidade que tenta aplicar a sua desculpa dando vida a sua escolha... Poderosa vida que me faz sentir pobre vida!...

Não restará tempo para as lamúrias... ele, apenas, existirá daqui até o incansável, como fagulhas de espaços e alternativas que ainda me restam para tentar encontrar-me nos pedacinhos que me transformara.

Não adianta retirar a arma que me aniquila, nem acariciar o meu apunhalado sofredor...

Padeço e sofrerei pelos motivos intangíveis que não soubera compreender, amargarei o fel do abandono, mas não repetirei o seu gesto... irei apenas porque você mandou-me embora.

©Balsa Melo

17.08.04

Brasília - DF

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 28/08/2007
Código do texto: T627664
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.