DEPOIS DO AMOR! (145)
Neste entardecer recomponho-me, tão sozinho,
Enquanto o mar, invade a areia, de mansinho,
Molha meus pés, como a fazer-me um carinho,
Minhas lágrimas correm e eu, choro baixinho...
E na mansidão da tarde, que se vai,
A solidão de mim, também se esvai,
Dou-lhe adeus, com um sorriso renovado,
Pois, novo caminho, para mim, já está traçado...
Andando na areia fina, desta praia,
Construo, um lindo castelo, de esperanças,
A saudade de meu peito, talvez não saia,
Mas, nada mais será, que vãs lembranças...
E, a quem diz, que ao findar o amor, nada mais resta,
Saiba que a vida, não tem assim, mais tanta pressa,
Te dará o tempo, que pedires e precisas,
Pr’a ressurgires, do sofrimento... Agora cinzas...