ESFERA DA SOLIDÃO!

Esfera de mundo a me circunscrever e a outorgar-me espaços desabitados e invadidos num labirinto indistinto e sôfrego na tentativa de sofrear o meu sofrido coração.

Esfera de gente que passa, brinca com os meus olhos que ensaiam o choro e vai, afora, levando o que de bom tinha o meu cancioneiro campanário – cantando versos de amor e possibilidades de alegrias para, depois, despir-me das ilusões, tornando jorrante a fonte da dor lacrimante do, enfim, coração descontente.

Esferas em gotas que descem face abaixo enrolando e rolando o meu significado de vida que goteja nesta flâmula, findando no incêndio da pequenez que são as lágrimas para os olhos de quem jamais as sentiu escorrendo na própria face.

©Balsa Melo

26.07.04

Brasília - DF

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 28/08/2007
Código do texto: T627636
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