Sábio, o esteta e outros risos
Sábio, o esteta
À pele, como um romântico,
Ao horizonte, como o esteta,
Mira o pôr da tarde, o berço da manhã,
O ritual
no qual se entrega,
À fronte, além do afã,
A beleza,
Vejam, marujos
Suas terras sem fim!!
Ergam suas mãos,
Preparem suas almas,
Vem vindo a chuva
De sins
Sabedoria,
Responsável demais,
julgadora,
apaziguadora
"Corta o barato",
Lá vem o chato!! O sábio, dizendo d'altura
Como se deve viver na planície
Saia do armário
Megalomania não é doença
Se aceite, não se esconda mais
Saiam todos do armário
Os monstros precisam respirar
O mundo precisa ter paz
Solte o ditador que existe dentro de você
Eu sei que você é capaz
A sua essência é a minha
Todo começo é igual
Somos filhos da mesma essência
Os caminhos que herdamos
Nos dividem
Nos multiplicam
Na ausência do Todo em nós
Contextuamos
Deserdamos a raiz
Danamos a paz
Mas a essência não muda
Núcleo duro de calor,
Não tenho dúvida
Que a sua é a minha
Na transparência, voltamos a ser
Uma única vida