TIRO CEGO

Quando meus olhos,

Foram de encontro aos teus,

Você disse que viu uma grande luz,

Que te tirou do breu

Mas tudo era morte,

E eu não poderia viver,

E com má sorte,

Eu não avisei você...

Eu tinha problemas,

Problemas que não poderiam ser resolvidos,

Mas você me amava,

Culpa do meu maldito sorriso...

Eu precisava,

De um psiquiatra,

Mas o último tiro saiu pela culatra,

Você se feriu,

Eu vi seu sangue derramar,

Mas mesmo assim você sorriu,

Pois eu era a única que poderia te salvar

Eu te deixei morrer,

Pois eu não te amava,

Enganei você,

Porque aquilo me matava

Eu fui fria,

Nem sequer chorei em seu funeral,

Pois às vozes me diziam,

Que aquilo era algo normal.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 09/03/2018
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