SUBJUNTIVO
Foi no temor da noite que se foi
e no raiar de um belo dia morreu
em verdes pastos foi se enterrado
no entardecer renasceu
todas as bocas cerradas
e nenhum olho choveu
foi sempre um ser solitário
desde a barriga ao calvário
crucificado sem cruz saduceu
a cada embrião abortado
um africano de fome morreu
talvez seja pouco importado
essa ideia amadureceu
seja o fruto apodrecido
exposto ao sumo encardido
de tudo um pouco escondeu
não ter nada no umbigo
enxergar num rio de faces o eu
dizer pra mim mesmo, consigo
agora ser nada nem eu.