Glórias fugazes
E nada mais me faz suspirar,
Tudo é tão déspota imposição.
Arrasto o meu longo vestido,
De pura seda rosa, estampada,
Sobre as areias da resignação.
Reclamo os meus desejos vãos,
No passar das horas em quietude,
Que sórdida leva o último sonho:
O glamour telúrico da juventude.
E tudo é tão absurdo, tão opaco...
A velha mancha de sangue vivo?
Hoje, parece que não conta os dias,
Deixa passar os meses sem avisos.
Onde anda a ânsia, a eterna busca,
Da perenidade dos amores felizes?
Reunidos em retratos na memória,
Enfeitam versos de glórias fugazes.
Stelamaris