Sou apenas um bloco de pedra para mim mesmo
Não queria que ninguém me atirasse no lago
ou me distanciasse do que quer que fosse.
Tem sido assim. No céu noturno
as estrelas parecem de mãos dadas
e eu me vejo em Saturno.
Não queria, como ainda não quero.
Deter o coração na esquina,
sucumbir o devaneio da madrugada,
temer o vampiro de todas as coisas...
Eu me encontro na saída, eu faço versos
sem saber se o verso cabe no mundo.
Eu, que sou minha própria paisagem,
encontro na saída uma tabuleta.
Ah, que dirá o amor, esse rinoceronte!