Por que mudaste ?
Por que mudaste teu sorriso ?
Se lhe era tão símples ser símples,
Que num acúmulo de simplecidade
Te tornava tão bela e majestosa ?
Por que mudaste teu olhar ?
Se lhe era tão símples ver o mundo
De uma forma tão símples, a ponto
De ver tudo como um belo colorido ?...
Por que mudaste teus ouvidos ?
Se lhe era tão símples ouvir as coisas
Símples, que, acrescentadas a tua simplecidade, lhe fazia tão culta e aprazível ?
Mas, então, por quê mudaste tua fala ?
Se mesmo por palavras símples
Se fazia tão rico o seu vocabulário ?...
Então ? Por quê mudaste teu caminho ?