DAR UM TEMPO
DAR UM TEMPO
Ah!! Babel
De bocas telas e papel
Que tal calar-se
Dar um tempo ao ouvido
Para que seja parido
No silêncio da turba
O apaziguar da turma
Que fala pelos cotovelos
Cuspindo fezes
Espalhando fedores
De suas cabeças empalhadas
Mumificadas
Sem visão qual Têmis
Temerosas
De desdobramentos
De seus podres alimentos
Que coagulam em veias entupidas
Verdes de podridão
Sem saída em prazo curto
Em curto-circuito
Com os desejos guardados
Em línguas inteligíveis
Em amores possíveis
Sem paixões avassaladoras
Exceção as dos lençóis
Que entre murmúrios
Ininteligíveis
Levam ao gozo do viver