OSSO DOS MEUS OSSOS
OSSO DOS MEUS OSSOS
CARNE DA MINHA CARNE
(Inspirada em GÉNESIS)
Capítulo 2 verso 23-Capítulo 3 verso 1 ao 19.
Osso dos meus ossos
E carne da minha carne,
Em Gênesis eu li
Reli não entendi
Que o osso dos meus ossos,
A mim me fez sucumbir.
Cair na mera tentação
Não soube lhe dizer não,
E do osso dos meus ossos
Me vi com o fruto na mão.
Ó mulher que foi testada
Pela fera devorada
Me fez ver o fio da espada
Caímos em uma emboscada.
Vil serpente de voz mansa
A dúvida lançou no ar,
A mulher de tão ingênua
Fez o amor puro acabar.
Daquele momento em diante
Mordidas na fruta proibida,
Suor e sangue se fez rimas,
Honestidade e maldade
Passaram a ser confundidas.
Até hoje o homem chora
Da dor de seu próprio osso,
Que DEUS formou como mulher,
Lhe ofertando todo garboso
Achando que eles seriam,
Osso do mesmo osso.
Hoje vemos que nada disso,
Pouco se adiantou,
Não há respeito nos gestos
Desse tão puro amor,
Que DEUS fez com tanto carinho,
Mas o pecado o tragou.
Só nos resta aceitar
Sem ninguém para culpar,
Quem desobedeceu se fez réu,
Não deve ninguém julgar,
Do malvado enganador
Que fez a Eva pecar.
O homem por sua vez
Deve sim ficar atento,
Pois desse fruto comido,
Vida virou tormento
Mesmo que viva ostentado
Lá do seu castelo vistoso,
Vai sempre amargar na morte ,
Pelo osso do seu osso.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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02/03/2018