P R E C I O S I D A D E S (103)

S O L I D Ã O

Estava eu naquela praia um dia

olhando extasiado ao mar,

a minha vista ao longe se perdia,

quando veio um vulto me chamar.

Era um vulto de mulher, havia

um irônico brilho em seu olhar.

Pelo sorriso diabólico, parecia

ter algo muito tétrico a me contar.

- O que queres de mim ? Fui perguntando,

por que irônica assim estás me olhando,

por que fremente apertas minha mão ?

- Pois bem... se queres que eu te diga,

há muito tempo eu sou tua amiga.

Meu nome ? Meu nome é . . . solidão !