Por Tempos

Por tempos sou diversão

em outros, instropecção

e em outros me vejo livre, e voo alto em sonhos insones

saciando minha mente insana mente

insaciável

Desejo mais do que o temor de ontem

e me ver submerso em um mar de significados

sensíveis e inesgotáveis

Soterrados os meus medos, pesadelos

paralelo de consciências mal digeridas; escritas

inscritas em corações vazios

por onde uma onda caótica de frio

me faz sobreviver

Por tempos me vi em um abrigo

adorei me estabelecer no espaço encantado

protegido sob o sol de seus braços, abraços

enaltecidos pelo sol nascente; imortal

Te vi imortalizada nas palavras

(in)exatas que eu não construí

Me perdi em reviver momentos inexistentes

Por tempos não me busco coerente

e me afasto de braços frágeis, abraços apertados

e me afasto de sorrisos fáceis, verdades absolutas

Corro por entre pensamentos opacos

e recrio todo o calor que me apraz

Por tempos quero a simplicidade de ser eu

a caminhar lentamente por entre uma marcha

de soldados armados mal-amados inanimados

e vislumbrar um terreno impróprio

prostrado na tênue linha tênue

entre a loucura e a poesia