PUNHAL DE PRATA

A lua veio bem cheia

pairou sobre minha aldeia

clareando toda a várzea

pendeu das gretas tão bela.

Invadiu minha janela

inundou-me o seu clarão,

deu feito um punhal de prata

no fundo do coração.

Prostrou-se tão sorrateira

na cama desarrumada

flertou comigo insolente

até dar na madrugada.

Ao me ver apaixonado

pra não se comprometer

partiu num cavalo alado

sumiu sem nada dizer.

São Jorge nem desconfia

das façanhas dessa dama

que toda noite retorna

pra bulir na minha cama.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 02/03/2018
Código do texto: T6268326
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