Abraço
O espírito da poesia
Vaga de mente em mente
Procura em vóz bravia
Qualquer vida que o pressente
Vê num pouso triunfante
Meio as dores, as primazias,
Outros espíritos latejantes
E se abraçam em harmonia
Tinham n'alma o sofrimento
E nos peitos, tristes ironias
Tinham todos os encrementos
Só não tinham a poesia
Esse pouso repentino
Em tais almas que ardiam
Fez nascer novos meninos
Em dois seres que morriam