Estação...
E na estação do tempo espero...
A serração, um olhar londrino...
O verde e as cores de seu plantio...
Resistem esse branco e a terra perfuma úmida...
Uma chuva de orvalho um denso sentido...
A estação e o frio intenso...
Mas aqui o sonho de viajar por esses trilhos...
Paralelos interligam-se na natureza e seus entalhes...
O desejo do próximo aroma passando pela cortina branca e seus tuneis...
Impaciente espera...
Ouvindo o canto do vento cortando o corpo...
Uivando levemente nos ouvidos gelando os pensamentos de viver outra vez...
Aquecido e transpirando internamente num regozijo matinal surpreendente...
A espera agrava-se...
Quando o trem se faz gritante...
Cantando seu vapor contundente...
E perto frenando nos gritos de ferro com ferro...
Ásperos...
Vem parando...
O braço ensaiado...
Os lábios mirados...
O olhar vidrado...
O coração e sua adrenalina caminham à frente...
Em você...