TEMPOS

Eu costumava andar sem rumo,

Pelas estradas de Jerusalém,

Eu costumava viver em perjúrios,

E por isso não tenho mais ninguém

Eu respirei a fumaça,

Que exalava de teu corpo,

E fui carbonizada,

Pelos meus pecados e medos bobos

Eu tentei voar pelas nuvens,

Mas minhas asas foram arrancadas,

Eu tentei carregar minhas cruzes,

Mas elas estavam muito pesadas

Tentei cavalgar pelos montes,

Mas eles eram altos demais,

Eu desenhei as mais belas fontes,

E tive que deixar tudo para trás

Todas as estrelas estão brilhantes hoje,

E eu não ligo para má reputação

Pois será só eu e Cristo esta noite,

E eu estou em busca de minha redenção

Porque os reflexos que vejo não metem,

E eu estou me vendo através das águas,

Ninguém além de mim, me entende,

E minha alma continua machucada,

Andando por aí eu vou,

Trilhando os mesmos caminhos,

Eu continuarei sendo quem sou,

Mesmo estando sozinho.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 27/02/2018
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