Guelras...
A chuva ainda caia...
O solo barrento movia-se...
Com seus pés presos nestes tempos cinza...
Suas lágrimas misturavam nas tempestades que ventavam...
Sem mover sentiu-se presa em cada gota...
Aprofundando na lama...
As águas subiam sujas de cada poro seu...
Raios e trovões anunciavam a grande inundação...
Em posição de sentido a submissão esperava seu desejo...
Não existir...
Suplicava sem voz as tristezas...
E percebeu as águas em seu pescoço...
Entregando-se ao diluvio de sua alma...
Afogando suas forças...
Eminencia de esquecimento...
E conforme as águas subiam sua respiração ficou ofegante...
E desistiu...
Tarde demais...
Fechou seus olhos segurou a respiração...
E coberta de suas águas tentou sair...
Debatendo-se...
Desistiu...
Mas continuava respirando...
Abriu seus olhos...
O amor evoluiu em guelras...
Mergulho na essência...
E sob as águas de sua nova vida sendo a mesma...
Voltou a sorrir...
E quando olhou para cima encontrou boiando e sem vida...
A desistência...