Guelras...

A chuva ainda caia...

O solo barrento movia-se...

Com seus pés presos nestes tempos cinza...

Suas lágrimas misturavam nas tempestades que ventavam...

Sem mover sentiu-se presa em cada gota...

Aprofundando na lama...

As águas subiam sujas de cada poro seu...

Raios e trovões anunciavam a grande inundação...

Em posição de sentido a submissão esperava seu desejo...

Não existir...

Suplicava sem voz as tristezas...

E percebeu as águas em seu pescoço...

Entregando-se ao diluvio de sua alma...

Afogando suas forças...

Eminencia de esquecimento...

E conforme as águas subiam sua respiração ficou ofegante...

E desistiu...

Tarde demais...

Fechou seus olhos segurou a respiração...

E coberta de suas águas tentou sair...

Debatendo-se...

Desistiu...

Mas continuava respirando...

Abriu seus olhos...

O amor evoluiu em guelras...

Mergulho na essência...

E sob as águas de sua nova vida sendo a mesma...

Voltou a sorrir...

E quando olhou para cima encontrou boiando e sem vida...

A desistência...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 27/02/2018
Código do texto: T6265640
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