LAVADEIRA DO UNIVERSO
LAVADEIRA DO UNIVERSO
Diz p'ra mim lavadeira do universo
o que tem lavado?
_ Lavei o lençol prata da noite
a face alva da velha lua
as esferas planetárias
e as faixas da sua rua.
Lavei a... Régua do horizonte
o arco suspenso do arco-íres
as cores do amanhecer
os sonhos que floresce o ser
e a corda da fé incrível.
Lavei... A Boca da noite
os quatro cantos do mundo
dos ventos lavei o açoite...
A ampulheta do tempo,
do mar eu lavei o fundo.
Lavei a tabua da vida
o martelo do coração
os bancos do jardim celeste
o olhar da mãe querida...
As linhas da palma da mão.
As lâmpadas das almas, lavei...
Com as gotículas das dóceis lagrimas
lavei o eco do clamor
a tabua de toda paixão
juntos as falas que nos afagam.
Um dia, eu lavei o futuro
com o ladrilho da salvação
os triângulos das bermudas
os arcos meridianos
e o molde, que moldou Adão.
Lavei os cones dos ventos
o funis dos furacões...
As roscas dos pensamentos,
o silencioso dedo do sentimento
e os pregos tortos das nações.
A flores da primavera...
Lavei as pétalas de cada uma
... As filas das vãs esperas
as garras de todas as feras
e as guerras de todas picuinhas...
As nuvens suspensas no ar
com todas nuances de cor
o segredo d'aquele amar
a anseio e o viajar
da carruagem do amor.
Antonio Montes
LAVADEIRA DO UNIVERSO
Diz p'ra mim lavadeira do universo
o que tem lavado?
_ Lavei o lençol prata da noite
a face alva da velha lua
as esferas planetárias
e as faixas da sua rua.
Lavei a... Régua do horizonte
o arco suspenso do arco-íres
as cores do amanhecer
os sonhos que floresce o ser
e a corda da fé incrível.
Lavei... A Boca da noite
os quatro cantos do mundo
dos ventos lavei o açoite...
A ampulheta do tempo,
do mar eu lavei o fundo.
Lavei a tabua da vida
o martelo do coração
os bancos do jardim celeste
o olhar da mãe querida...
As linhas da palma da mão.
As lâmpadas das almas, lavei...
Com as gotículas das dóceis lagrimas
lavei o eco do clamor
a tabua de toda paixão
juntos as falas que nos afagam.
Um dia, eu lavei o futuro
com o ladrilho da salvação
os triângulos das bermudas
os arcos meridianos
e o molde, que moldou Adão.
Lavei os cones dos ventos
o funis dos furacões...
As roscas dos pensamentos,
o silencioso dedo do sentimento
e os pregos tortos das nações.
A flores da primavera...
Lavei as pétalas de cada uma
... As filas das vãs esperas
as garras de todas as feras
e as guerras de todas picuinhas...
As nuvens suspensas no ar
com todas nuances de cor
o segredo d'aquele amar
a anseio e o viajar
da carruagem do amor.
Antonio Montes